Eu nasci em trinta e nove
no mês seis e dia quatro,
num povoado pequeno
escondido lá no mato.
O meu pai foi homem simples
que dependia da roça
pra ganhar o nosso pão,
ele viveu sua vida
neste lugar bem pequeno
que se chamava Poção.
Ele não sabia ler
mas era muito inteligente,
pra completar nossa feira
também vendia carvão.
Quando foi um certo dia
combinou com minha mãe
e tomou uma decisão,
vendeu a nossa casinha
também os bichos que tinha
pra sair lá do Poção.
Neste dia chorei muito
de tristeza e solidão,
eu morria de saudade
do meu rio Ipojuca
do meu querido torrão.
Quando me entendi de gente
que li o meu documento
tive uma grande surpresa,
que alegrou meu coração,
eu fiquei muito feliz
descobri que minha mãe
me levou pra batizar
na igreja da Conceição.
Eu fiquei muito contente
senti grande emoção
por ser filha de uma terra,
onde tem tudo que eu gosto
e também o maior são João.
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